DO MORRO
DA GUIA...
30 – RUMO
A PORTO ALEGRE
Quanto às passagens vale registrar que movimentamos toda
a estação rodoviária. Juntou um grupo de
pessoas, uma verdadeira comissão, incluindo o funcionário da empresa de ônibus, opinando alternativas. A mais
original foi a de um cobrador: “Vocês veem e eu tentarei uma cortesia com o
fiscal da linha... o pior que pode acontecer é vocês serem presos...!”. Até que um motorista viu a solução: nós
pagaríamos só o trecho em que o fiscal adentrasse e permanecesse no ônibus.
Palpite aceito. Eram 18:00 horas.
Domingo, 03 de novembro.
Saíramos de Uruguaiana pouco depois das dezoito, sob um vasto céu
vermelho, atravessando o pampa gaúcho. Conforme combinado, desembolsamos o
equivalente a um terço do valor da passagem, justamente no trecho que foi
fiscalizado. Houve uma parada em Santa Maria para ao jantar. Três PFs com
bastante feijão. Nessa parada, conversando com um estudante, fomos informados
dos últimos acontecimentos em nossa terra. As mais tristes notícias foram sobre
as mortes de Manoel Bandeira e de Sergio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.
Chegamos em Porto Alegre de manhã e caía uma chuva bem fina; mesmo assim,
exultamos pois passaríamos o domingo com nossos amigos Ricardo e Marlene.
O
encontro com o casal foi muitíssimo
alegre e em sua casa a conversa durou todo o dia, tendo varado a noite e
invadido a madrugada .
2ª Feira, 04/11 – Enquanto o Lauro e eu líamos, pela ordem,
Paulo Mendes Campos e Drumond de Andrade¸o Carlos saiu com o Ricardo para
providências de transporte junto ao CAN da FAB que, se mostrou extremamente complicado uma vez que havia
fila de espera de 30 dias. Alguns membros do Grêmio Estudantil nos ofertaram
passagens até Caxias do Sul e, providenciada pelo Ricardo, levamos carta de
apresentação para uma empresa de transportes.
Despedimo-nos de nossos amigos com um “até breve” e
adentramos ao ônibus com destino à terra
do vinho e da Festa da Uva. Lá chegando, localizamos a empresa onde fomos
informados que só haveria carona para duas pessoas. Pela segunda vez teríamos
que nos separar.
Continua...
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