segunda-feira, 3 de junho de 2013

DO MORRO DA GUIA...

16 - AINDA NO RUMO DE MENDOZA

Levantamos às 06:00h. No caminho para o asfalto entramos numa padaria e pedimos trabalho em troca de pães. Nem foi preciso insistir... Carregamos um furgão de pães quentinhos, saídos do forno.. Saímos da panaderia cheio de pães e uma lata de leite em pó, onde acrescentamos o mel. Uma felicidade só.
Logo em seguida, em um posto de gasolina, topamos com o jovem senhor do Stock-car. Ficou surpreso.
- Ainda por aqui...?
- É... a estrada tem pouco movimento.
- Para onde querem ir?
- General Villegas... encontrar a Ruta 108.
- Tenho uns negócios a resolver lá p’ra aquelas bandas... Entrem.

Chegando na Rodovia 108 nos colocamos num cruzamento de acesso ao centro da cidade. Eram 13:00h. Almoçamos pão com mel. Ventava que nem Cabo Frio nos meses de agosto. No outro lado da estrada parou um caminhão num posto de gasolina. Pedimos carona ao motorista que ficou de pensar... Minutos depois fez sinal e subimos à carroceria. Seguimos até um lugarejo de nome Realicó e aguardamos o caminhão voltar para afinal seguir o nosso rumo. Realmente ele voltou carregado e pulamos para cima da carga de vergalhões, arrumados em forma de 8 (oito), bastante desconfortável. Depois de 3 horas de estrada paramos para jantar. Tomamos sopa e enchemos os bolsos com o pão que sobrara na mesa; o motorista patrocinou o vinho. Nesse intervalo, atualizei as  anotações. Tempo depois, paramos num acostamento.  Entramos nos sacos de dormir e nos precavemos sob o encerado pois o tempo ameaçava chuva. Acordamos de madrugada com o carro em movimento. Amanhecia e de longe víamos a espetacular Cordilheira dos Andes,  a etapa  final da viagem.


San Rafael.  As fábricas apitavam efusivamente (não era para nós...)liberando os funcionários para o almoço, o que abria nosso apetite. A cidade tinha um bom austral e muita luminosidade. Tão convidativa que logo pensamos em ficar por um dia.  Na caminhada até o centro avistamos a Igreja de San Rafael, o padroeiro,  e nos animamos a falar com o vigário que, por sorte, morava ao lado, na casa paroquial. Mostrando os documentos, principalmente as carteiras da ACM, o padre simpaticíssimo, indagou se não gostaríamos de tomar uma ducha, antes de almoçar...(por certo a nossa aparência não era grande coisa...).  Perguntamos sobre algum serviço a fazer mas estava tudo OK.  Minutos depois, volta o vigário desculpando-se pela fraca refeição: sopa de legumes, talharim, salada, pão e... vejam só, VINHO!  (“Pôxa seu Padre, tás brincando...?”). Excelente acolhida.  Abraços e agradecimentos, mochilas às costas e, ... rumo a Mendoza. 

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