segunda-feira, 3 de junho de 2013


DO MORRO DA GUIA...

18 - O SAMBA EM MENDOZA

O sábado foi agitado; andando daqui pra lá e vice-versa. TV, boate, entrevista, boate, ensaio e TV... Ficamos imaginando o ritmo louco de cantores profissionais e outros artistas,  em geral; mas, finalmente veio a noite.
Às 22:00h chegamos à “Confiteria G7” onde faríamos uma apresentação. Ambiente fino, com a nata da sociedade local presente. Nós, bem!, nós vestíamos os indefectíveis jeans e camisas floridas. À espera da hora de entrarmos em cena, nos aquecíamos bebericando uns ginebras e uns uisquezinhos. Chegou o momento. Subimos ao terraço, e enquanto o apresentador anunciava “Los imperadores del samba”, descemos a escada em caracol e que findava no centro do salão. A descida foi com o samba em tamanha cadência que nós próprios nos empolgamos e  emocionamos com os aplausos. Parecia estar a frente do Bloco da Rama. Vez em quando um gritava “firma ponto” até que, silêncio...
“Segura esse samba, não deixa cair...
...Ogum Nhê... Ogum Nhê...!”

Com o repertório restrito foi preciso apelar para músicas de carnaval. Aí o ambiente ferveu e o povo começou a se mexer. E aconteceram coisas imprevistas, tipo, o Lauro furar o tamborim com o cotovelo;  o pandeiro, depois de uma estrepolia, escapou de minha mão e foi ao chão, e outras coisitas mais. Mas tudo deu certo e nos salvamos todos.  E voltamos ao salão outras vezes para dar continuidade ao carnaval.  Fomos dormir lá pras 6:00 da manhã. O cachê? Ora, a despesa no bar ultrapassou o valor contratado...

Domingo. Passamos toda a manhã nos divertindo, gozando um ao outro pelas gafes cometidas. Durante o almoço, o produtor do programa de TV foi à nossa procura e nos levou para o Canal 7, programa “Juventude Século XX”. Diante das câmeras a apresentadora  –Marta Suzana- depois de algumas perguntas relativas  à aventura,  nos pediu para mostrar como os brasileños dançavam o samba. Antológico: Pela primeira vez na história do samba tocou-se um tamborim com o couro remendado com  esparadrapo. E recebemos o cachê de 300 pesos por 15 minutos. Exultamos!

No centro da cidade algumas pessoas nos reconheciam e  cumprimentavam; as crianças, principalmente.    Na 2ª Feira, após o almoço, saímos com umas meninas e visitamos um parque com muito verde, e muito tranquilo. Uma das garotas levara um violão e passamos a tarde namoricando e ouvindo músicas do folclore argentino.

                                                                                                                                Continua...











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