segunda-feira, 10 de junho de 2013

DO MORRO DA GUIA...

26 - E O SAMBA CONTINUA...

Fizéramos jus aos 9.000 pesos.  Ao final da noite de ontem estávamos integrados e interagindo ativamente com a plateia,  dançando e flertando com as garotas.  No sábado, o Estevan nos apresentou a um casal maravilhoso. Moravam no Rio Cavallos, um belo recanto, tranquilo, nas serras cordobezas. Doe e Shila, descendentes de ingleses construíram, eles próprios,  a casa simples e acolhedora. E durante toda a tarde ficamos a “charlar” um prosa descompromissada, tomando um bom chá a moda britânica. Mostramos também a nova música  a ser apresentada, à noite. Seria a despedida do El Buho.

Após o jantar, na boate, ensaiamos mais um pouco. Desta vez o Estevan compareceu, junto com a sua esposa, para nos prestigiar e rir. Rir muito.  O ambiente não estava propício para samba: os poucos casais presentes transmitiam  ar de romance.  Já era tarde quando convencemos o gerente para  entrarmos em cena; nem que fosse para uma única música. Nossos motores vinham se aquecendo  desde as 22:00h.

Surgiu uma série de improvisos. Na música “Berimbau” eu deveria declamar a primeira parte, enquanto o Carlão solfejava um coro.  Depois, o Lauro e eu simularíamos uma capoeira. Pois bem, esqueci a parte falada e para não criar um vazio improvisei umas falas, enaltecendo as belezas de nossas praias. O Carlão, de cabeça baixa, não segurou a onda e riu baixinho, cantando –rápido- coisas  estranhas, fora do combinado.  Nós, então, iniciamos um misto de capoeira com rock  mas, decididamente, o número que mais agradou foi a “macumba” criada de improviso. O Carlos entrou num transe estremecendo-se  e chegando a tocar com a nuca no chão. Eu, deixando o pandeiro na pista, circulava de joelhos em sua volta. Era o santo que baixava ou o uísque que subia. Ou os dois. Incrível foi a ovação que sucedeu à essa maluquice e que provocou nosso retorno à pista. Coisa de doido!

Dia seguinte, domingo, a parte da manhã foi dedicada  às lembranças  dos improvisos e micos. O Estevan e sua mulher Porota riam de cair da cadeira. Na 2ª Feira, fomos ao apartamento de um  colega de faculdade do Estevan. Outra pequena farra. Um outro amigo presente –Hugo- ficou fascinado com a nossa aventura e já fazia planos para nos acompanhar; queria trancar a matrícula na faculdade e seguir conosco. Deu trabalho convencê-lo a mudar de ideia.  Na 3ª Feira, o nosso amigo argentino reuniu um grupo de colegas professores com a finalidade de angariarmos mais alguma grana para a viagem de volta. Gente nas cadeiras, mesas, no chão e janelas. Divertimo-nos a valer, interagindo com todos. Estava perfeito mas o dinheiro, na verdade, não compareceu.  A pedidos, ensinamos as meninas a dançar o samba e a mais algumas peraltices brasileñas

Dia seguinte, após o almoço, partiríamos.

                                                                            Continua...






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