sexta-feira, 31 de maio de 2013

DO MORRO DA GUIA...   ---
08 - CATARATAS DE FOZ DO IGUAÇU
Foz do Iguaçu. Pães, frutas e conservas em lata foi o lanche que levamos para a caminhada até as Cataratas; a distância é de cerca de 28 Km, e nós conseguimos apenas duas curtas caronas. O percurso dessa vez foi quase todo feito a pé. A estrada pertence ao Parque Nacional de Iguaçu. È fechada, com muito verde e com uma fauna variadíssima: vimos tucanos, macacos, capivaras e principalmente borboletas (milhares) participando vivamente da ornamentação do ambiente. A trilha foi extremamente cansativa porém a cena divinal que se descortinou a nossa frente, fez com que esquecêssemos a estafa. Até nos levou a cometer pequeno  poema: Iguaçu.
            Ruído eterno de muitas dores
            Soluço incansável em busca  imorredoura
Em borbotões, lá vai o rio  e
Lado a lado vai o homem
Imitador na sua pressa e correria.
Distinguem-se não no choro , nem na dor
Sim no rumo.
Homem ignora para onde correr
Rio marcha resoluto às cataratas
A mostrar beleza aos tolos.
JPC
           
Por ser período de baixa temporada, percorremos com facilidade toda a área. O mais bonito e impressionante salto é sem dúvida o de nome mais assustador: Garganta do Diabo. Para conhecê-lo melhor, decidimos explorar o rio de perto, o que só foi possível porque  estava baixo. Caminhando pelo seu leito observamos o dito salto bem próximo, de baixo para cima. E nadamos em suas águas geladas. Transparentes.  A seguir iniciamos a caminhada de volta à cidade. Tínhamos um bom preparo físico.
O turismo em Foz do Iguaçu, ao contrário de Guaira, era  bem fomentado.  Nas cataratas os caminhos eram limpos, escadas e pontes seguras, sanitários públicos  bem cuidados e os elevadores  com turistas, na maioria,  estrangeiros. Já naquela época contamos vinte e seis agências de turismo.  Em Cabo Frio, zero.
Mais um dia se foi. Estafante. Às 23:00h estávamos na cama, numa pequena pensão.
25/09 – 4ª Feira. Pulamos cedo dos lençóis com os espíritos preparados para enfrentar as surpresas do asfalto. Próxima meta  Assunción, a capital guarani. Nos encaminhamos à Prefeitura uma vez que o prefeito nos prometera conseguir transporte. Eram quase 12:00h e nada. O homem  não aparecia. Lanchamos e voltamos. Nada. Eram 15:00h quando decidimos partir ao encontro da sorte. 
A poucos passos dali um caminhão com placa de  Assuncion nos deu carona. Na Ponte Internacional da Amizade que divide os dois países, carimbamos os passaportes. Na verdade eram dispensáveis; a identidade seria suficiente. Só que a nossa vontade era de inaugurá-los. Mandamos um “muchas gracias” ao funcionário da alfândega e subimos à carroceria do caminhão carregado de pilhas elétricas.
                                                                                                          Continua...












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