sexta-feira, 31 de maio de 2013

DO MORRO DA GUIA... --

07 -  O SALTO DAS SETE QUEDAS (Continuação)
Logo a frente veio a compensação por todo o esforço: uma pequena cascata onde foi possível nos banhar e revigorar as forças.. Mais meia hora sobre rochas escorregadias e chegamos ao Grupo 14. Conseguíramos! Um espetáculo magnífico! Quase indescritível. Milhões e milhões de metros cúbicos de água despencando pesadamente e provocando um ruído ensurdecedor. A espuma efervescente emoldurava a tudo, tendo como fundo  um arco-íris gigantesco, eterno.
Sentados em um platô, cara a cara com o Grupo 14, permanecemos muito tempo em silêncio, abestalhados, sem saber o que admirar. Cores? Ruídos?  Neblina? Obra? Artista? Como diria Sartre, "...as palavras perderam o sentido".
No retorno, para evitar o paredão de 90º, demos uma grande volta e passamos por outra dificuldade. Saltar de uma rocha à outra cuja largura do abismo tinha cerca de 3 metros.  Por absoluta falta de espaço o salto teria que ser dado sem tomar impulso. Salvaram-se todos. Atravessamos novamente dependurados no “laço” e depois de desarmá-lo, prosseguimos até atingir o segundo desfiladeiro, aquele com cabos de aço e a caixa de madeira. Na ida, ficáramos dentro da caixa, mas agora o Hermes testava nossa coragem:
- Quem vai atravessar comigo, andando sobre os cabos?
- Todos!
O material –roldanas e cordas-  foi colocado na caixa e fomos caminhando, devagar, por sobre os cabos de aço,  em paralelo.  Pisando no inferior e nos apoiando no cabo  de cima.  E empurrando a caixa.  Nós e  nossos anjos da guarda estávamos extenuados.
Chegando à cidade, fomos tomar umas caipiras. Merecidas. Pouquíssimas pessoas conheceram esses lugares.  E não conhecerão jamais por conta do lago da  Barragem de Itaipu.
Domingo. Na parte da manhã visitamos um museu de pássaros empalhados e artigos típicos da região. Fomos à Casa de Turismo, idealizada e dirigida pelo  Ernesto Mann. Amante de nossa terra e entusiasta como poucos pela natureza. Conversamos animadamente durante horas. Na despedida fomos ofertados com um belo livro de registro e fotos do Parque.  À noite,  fomos a um baile de estudantes em um  espaço pitoresco e acolhedor. Dançamos e namoricamos com as nativas até altas horas. Dia seguinte: despertar, arrumar as mochilas e almoçar rápido, foram providências necessárias para alcançar o ônibus de volta a Foz do Iguaçu.  A Casa de Turismo, de última hora,  nos presenteara as passagens.
                                                                                                          Continua...











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