terça-feira, 28 de maio de 2013

DO MORRO DA GUIA...   04 - FOZ DO IGUAÇU   --

Hoje é 17/09 e estamos completando uma semana de viagem.  Não  conseguimos dormir nesse trajeto empoeirado e esburacado. Eram 6 horas da manhã e  os termômetros marcavam 5 graus. Pela primeira vez na vida estávamos experimentando tão baixa temperatura.    Bbrrrrr. Nem leite quente com conhaque resolveu.  Ficamos esperando o Rei sol aparecer, mas quando ele veio tinha cara de plebeu, fraco e tímido.
Cascavel se parecia muito com aquelas cidadezinhas dos faroestes americanos. Nas portas dos bares, cavalos aguardando seus donos. Lá dentro, homens de botas, chapéus e até... revólveres.  Ao caminhar pelas ruas avistamos de longe a redação de um jornal. Adivinhem qual?  O mesmo de Guarapuava: TRIBUNA DO PARANÁ.  Em seguida às apresentações, mostramos o recorte da reportagem de Curitiba e nossas carteiras de “Colaboradores” da Folha dos Lagos, da época do Sr Walter Nogueira da Silva)  o redator nos deixou à vontade e resolveu o principal problema. Passagens de ônibus para Foz do Iguaçu.
Trazíamos do redator do Jornal, endereçadas ao Comandante do Batalhão de Fronteira, várias  fotos de uma solenidade realizada  e anexadas a uma reportagem da TRIBUNA. 
18/09 – Estamos em Foz do Iguaçu, aquela cruzinha vermelha marcada no mapa; a primeira grande etapa estava cumprida.  Dormimos num pequeno hotel que tinha convênio com a TRIBUNA e depois do  café fomos à procura do quartel do Exército. Faríamos entrega da encomenda (um envelope com fotos e recortes de jornal) ao Cel.  Arídio, Comandante do Batalhão de Fronteira. Frustração:   o Coronel havia saído. Que fazer?  Bater pernas.  A caminho do  Rio Paraná topamos com um barzinho que servia um PF respeitável por precinho maneiro. Para comemorar, nos demos o luxo de tomar uma garrafa de vinho. Daqueles, mas com sabor de francês. Afinal estávamos realizando um sonho de criança, conhecendo Foz de Iguaçu. Dia seguinte  íamos  conhecer as Cataratas.  Felizes que nem crianças, pulamos no rio.  O saldo de caixa –para emergências- agonizava.
Às 18:00h falamos com o Cel. Arídio em sua residência, na Vila Militar, tendo o mesmo ligado para o quartel ordenando que nos acolhessem. Fomos otimamente recebidos nesse regimento; deram-nos um apartamento –privativo do pessoal da FAB- e avisaram à cantina sobre a nossa presença. Tudo isso graças à influência da imprensa da região. Após o banho e o jantar, o Lauro Faria  saiu para uma volta; o Carlão remendou sua calça jeans e eu aproveitei o tempo pondo em dia as anotações do Diário de Bordo.  -- 

                                                                                    Continua...                                                     


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