DO MORRO DA GUIA... 04 - FOZ DO IGUAÇU --
Hoje é 17/09 e estamos completando uma semana de viagem. Não
conseguimos dormir nesse trajeto empoeirado e esburacado. Eram 6 horas
da manhã e os termômetros marcavam 5
graus. Pela primeira vez na vida estávamos experimentando tão baixa
temperatura. Bbrrrrr. Nem leite quente
com conhaque resolveu. Ficamos esperando
o Rei sol aparecer, mas quando ele veio tinha cara de plebeu, fraco e
tímido.
Cascavel se parecia muito com aquelas cidadezinhas dos
faroestes americanos. Nas portas dos bares, cavalos aguardando seus donos. Lá
dentro, homens de botas, chapéus e até... revólveres. Ao caminhar pelas ruas avistamos de longe a
redação de um jornal. Adivinhem qual? O
mesmo de Guarapuava: TRIBUNA DO PARANÁ. Em
seguida às apresentações, mostramos o recorte da reportagem de Curitiba e nossas
carteiras de “Colaboradores” da Folha dos Lagos, da época do Sr Walter Nogueira
da Silva) o redator nos deixou à vontade
e resolveu o principal problema. Passagens de ônibus para Foz do Iguaçu.
Trazíamos do redator do Jornal, endereçadas ao Comandante do
Batalhão de Fronteira, várias fotos de
uma solenidade realizada e anexadas a
uma reportagem da TRIBUNA.
18/09 – Estamos em Foz do Iguaçu, aquela cruzinha vermelha
marcada no mapa; a primeira grande etapa estava cumprida. Dormimos num pequeno hotel que tinha convênio
com a TRIBUNA e depois do café fomos à
procura do quartel do Exército. Faríamos entrega da encomenda (um envelope com
fotos e recortes de jornal) ao Cel.
Arídio, Comandante do Batalhão de Fronteira. Frustração: o Coronel havia saído. Que fazer? Bater pernas.
A caminho do Rio Paraná topamos
com um barzinho que servia um PF respeitável por precinho maneiro. Para
comemorar, nos demos o luxo de tomar uma garrafa de vinho. Daqueles, mas com sabor de francês. Afinal estávamos realizando um
sonho de criança, conhecendo Foz de Iguaçu. Dia seguinte íamos
conhecer as Cataratas. Felizes
que nem crianças, pulamos no rio. O saldo
de caixa –para emergências- agonizava.
Às 18:00h falamos com o Cel. Arídio em sua residência, na
Vila Militar, tendo o mesmo ligado para o quartel ordenando que nos acolhessem.
Fomos otimamente recebidos nesse regimento; deram-nos um apartamento –privativo
do pessoal da FAB- e avisaram à cantina sobre a nossa presença. Tudo isso
graças à influência da imprensa da região. Após o banho e o jantar, o Lauro
Faria saiu para uma volta; o Carlão
remendou sua calça jeans e eu aproveitei o tempo pondo em dia as anotações do
Diário de Bordo. --
Continua...
Continua...
MUITO BOMMM!!!!!
ResponderExcluir